A musicoterapia é uma modalidade terapêutica que através da música trabalha as diversas problemáticas do indivíduo com o objetivo de lhe proporcionar uma melhor qualidade de vida e de integração social. Essas problemáticas podem ser de origem intelectual, física, emocional ou social que segundo Ruth Bright podem ser trabalhadas pela musicoterapia na medida em que a mesma trabalha as emoções que estão relacionadas à globalidade das problemáticas, pois cada problemática tem a sua expressão emocional.
     Para a realização de um trabalho musicoterapêutico é de extrema importância que seja estabelecido um bom vínculo entre o terapeuta e seu paciente (neste caso o praticante) e o objeto sonoro para que o trabalho realmente flua e possa alcançar o seu objetivo.
     Não devemos esquecer que cada indivíduo tem a sua própria identidade sonora tendo cada um a sua individualidade musical, as sua historias musicais são diferentes e por isso não podemos esquecer de que as suas respostas vão diferir com o mesmo estímulo sonoro. Cada praticante vai dar uma resposta ao estímulo visual, tátil ou sonoro e por isso devemos ter um conhecimento prévio da história musical do sujeito para compreendermos melhor sua resposta aos estímulos sonoros usados e também para podermos usá-los sem provocar uma desestabilização deste indivíduo.
     No caso de pacientes portadores de deficiência o cuidado deve ser ainda maior, pois se um sujeito com características autísticas se desestruturar com o sonoro ele pode se machucar como também no caso dos portadores de deficiência motora que através do vínculo sonoro podem esquecer-se de que precisam conter a sua musculatura para conseguir se manter no cavalo. Para isto é muito importante conhecer a resposta deste indivíduo deficiente, pois a maioria dos indivíduos sindrômicos tem uma maior sensibilidade ao sonoro como é o caso do portador de autismo ou de características autísticas.